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Justiça determina construção de novos presídios no Maranhão

A Justiça determinou nesta segunda-feira a construção de novos presídios no Maranhão no prazo de 60 dias, em resposta à crise carcerária que afeta as prisões do estado.
Um dos mais violentos e superlotados complexos penitenciários do Brasil, Pedrinhas choca o país com cenas de bestialidade e detentos mortos em série, expondo o colapso do sistema prisional do Maranhão.
A decisão foi tomada pelo juiz Manoel Matos de Araújo, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís.
De acordo com a decisão, as prisões também deverão contar com o número de alojamentos suficientes para atender a demanda e assim fazer frente à aglomeração registrada atualmente nas prisões do estado.
O magistrado determinou a realização, no prazo de 60 dias, de reformas no complexo penitencial de Pedrinhas, um dos mais violentos do país e onde em 2013 ocorreu a maior parte das 62 mortes registradas em presídios do Maranhão.
O descumprimento de cada uma das decisões será punida com uma multa diária de R$ 50 mil, segundo a sentença.
Além disso, o magistrado fixou um prazo de 30 dias para que todos os candidatos aprovados no concurso de agente penitenciário sejam nomeados.
Por ocasião da crise carcerária no Maranhão, um grupo de senadores da Comissão de Direitos Humanos visitou hoje o estado, onde se reuniu com a governadora Roseana Sarney e o Comitê Gerente de Ações Integradas do Governo do Maranhão para analisar a situação.
“O que encontramos ali foi um depósito de seres humanos. Não é uma prisão. É um local degradante e subhumano sem qualquer tipo de higiene. Há até doentes mentais nos locais, que não deveriam estar ali. É um lugar sem regra”, afirmou o senador João Capiberibe (PSB-AP).
A violência nas prisões do Maranhão se transferiu há duas semanas às ruas de estado, com atentados ordenados pelas máfias que controlam os presídios.
Nesses atentados quatro ônibus do transporte público foram incendiados e uma menina de seis anos morreu vítima de graves queimaduras

Vilmar Ferreira. Tecnologia do Blogger.