Vergonha internacional:
The New York Times destaca colapso em Pedrinhas
As imagens dos
presos decapitados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no estado do
Maranhão, continua em destaque nos noticiários internacionais. O The New
York Times publicou nesta quinta-feira (9/1) que uma série de episódios
de violência na penitenciária de Pedrinha levantam análises sobre a
deterioração do sistema de segurança no Maranhão, estado governado por
uma das mais poderosas famílias políticas do Brasil, citando os nomes
da governadora Roseana Sarney e do seu pai, o ex-presidente José Sarney.
Na quarta (8), o Wall Street Journal comentou o vídeo divulgado pela
Folha de São Paulo e as opiniões de especialistas em segurança pública
sobre o aumento da criminalidade no Maranhão.
O Times detalha
as barbáries ocorridas em Pedrinhas durante o motim em dezembro e os
motivos que podem ter levado à rebelião e já foram amplamente divulgados
pela imprensa do Brasil. Destacou as retaliações dos marginais às
forças de segurança que tentaram retomar o controle na penitenciária, os
quatro ônibus queimados na capital que resultou na morta de uma criança
de seis anos, além de mais um passageiro e vários feridos. O Times
comenta a resposta da governadora Roseana Sarney a “explosão de críticas
de grupos de direitos humanos sobre as condições na prisão e o aumento
da criminalidade no Maranhão”. “Sra. Sarney divulgou nota atacando o
jornal por ter circulado o vídeo, chamando o movimento de
‘sensacionalista’”, destaca o Times.
Ao comentar uma
entrevista publicada domingo passado (5) no O Estado do Maranhão, o
Times ressalta que o veículo brasileiro é “controlado pela família
Sarney” e a matéria atribuiu a crise na penitenciária do estado a
atrasos no sistema federal, que estende o tempo em que os detentos devem
permanecer na prisão, e também à resistência dos guardas prisionais que
pretendem mudar a forma como as prisões são gerenciados. Nas linhas
seguintes, o jornal americano informa que Pedrinhas tem espaço para
1.700 detentos, mas atualmente tem mais de 2.200.