Header Ads


Cela para dois presos abriga treze detentos na CCPJ do Anil



Situação deixou estarrecido juiz do Conselho Nacional de Justiça
Foi apontada a falta de planejamento na construção dos presídios
Juiz diz que o próprio estado criou condições para surgimento de facções criminosas
Juiz fica estarrecido com as condições da CCPJ do Anil
Juiz fica estarrecido com as condições da CCPJ do Anil
Do Maranhão da Gente
O juiz Douglas Melos Martins, representante do CNJ que participou da vistoria as unidades do sistema penitenciário maranhense destacou como um caso emblemático dos problemas encontrados a Central de Custodia dos Presos de Justiça do Anil onde uma cela com capacidade para duas pessoas abriga treze detentos.
“Na CCPJ do Anil encontramos treze presos num espaço que era para dois, inclusive um deles colostomizado, está localizado no meio do bairro onde é facilmente possível jogar drogas, armas, os prédios estão desde a construção feitos de forma inadequada, e em termos de conservação o mesmo argumento se aplica. O cenário é de absoluto descontrole e caos” comentou Douglas Martins.
Ele ressalta que a parte estrutural do presídio é  absolutamente incapaz de manter as pessoas presas, com a descoberta de tantos túneis. Os presídios estão mal localizados, não houve planejamento adequado para a construção dessas unidades” comentou.
 O juiz acrescentou ainda que o próprio estado criou as condições para a existência do crime organizado no sistema carcerário ao concentrar os presos do interior e da capital num mesmo espaço, o próprio estado favorece a criação e atuação de facções criminosas. “É inadmissível que o Maranhão concentre a maioria dos presos na capital e em locais que desde a sua concepção tem uma estrutura inadequada”, avaliou Douglas de Melo.
Douglas Melo Martins alertou que  é muito fácil a entrada de drogas, armas ou qualquer objeto ilegal dentro das penitenciárias maranhenses, tanto escassez de funcionários dentro das unidades, quanto pela localização dos presídios. “Uma unidade como a CCPJ do Anil, dentro de um bairro tradicional da cidade, favorece a entrada de armas, drogas, celulares ou qualquer outro objeto dentro da unidade, objetos que podem ser facilmente jogados pelo muro. “Para ver esse problema resolvido bastava que realmente existisse uma unidade de segurança máxima e cerca de 30 unidades no interior. Assim, os detentos do interior não seriam deslocados para a capital, seriam ressocializados na sua própria região”, finalizou o representante do CNJ.
Providencias
Em entrevista divulgada no site Imirante, O secretário de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Sebastião Uchôa afirmou que no prazo máximo de 30 dias deve ser iniciada a construção de um presídio de segurança máxima em São Luís, uma das medidas solicitadas pelo representante do CNJ
Sebastião Uchoa ressaltou que a área destinada a construção do presídio de segurança máxima fica ás margens da BR 135 que terá o objetivo de combater o problema da superlotação no sistema penitenciário.
Vilmar Ferreira. Tecnologia do Blogger.