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Lago da Pedra


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Município de Lago da Pedra
Bandeira de Lago da Pedra
Brasão de Lago da Pedra
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário 1º de janeiro
Fundação 1 de janeiro de 1953 (60 anos)
Gentílico lago-pedrense
Lema Justitia Cum Labore
"Justiça Com Trabalho"
Padroeiro(a) São José
Prefeito(a) Maura Alves de Melo Ribeiro (DEM)
(2013–2016)
Localização
Localização de Lago da Pedra
Localização de Lago da Pedra no Maranhão
Lago da Pedra está localizado em: Brasil
Lago da Pedra
Localização de Lago da Pedra no Brasil
04° 57' 13" S 45° 13' 22" O
Unidade federativa  Maranhão
Mesorregião Oeste Maranhense IBGE/2008 1
Microrregião Pindaré IBGE/2008 1
Municípios limítrofes Bom Lugar, Esperantinópolis, Lago do Junco, Lagoa Grande do Maranhão, Marajá do Sena, Paulo Ramos, Poção de Pedras, São Raimundo do Doca Bezerra, São Roberto, Lago dos Rodrigues.
Distância até a capital 312 km
Características geográficas
Área 1 223,2 km² 2
População 46 083 hab. IBGE/20102
Densidade 37,67 hab./km²
Altitude 95 m
Clima Tropical com estação seca Aw
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDHM 0,606 médio PNUD/2000 3
PIB R$ 156 610,454 mil IBGE/20084
PIB per capita R$ 3 563,62 IBGE/20084
Página oficial
Lago da Pedra é um município brasileiro do estado do Maranhão. No censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010, sua população era de 46 083 habitantes. Junto com Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, Lagoa Grande e Poção de Pedras, faz parte da Região dos Lagos Maranhenses, mundialmente conhecida pela exploração sustentável do babaçu.
Fundada em 1º de janeiro de 1953, Lago da Pedra é o quinto mais importante centro econômico da microrregião do Pindaré, bem como dententor de seu maior rebanho bovino, além de figurar entre as cidades de maior desenvolvimento socioeconômico a nível estadual.
O plano urbanístico da cidade, conhecido por seus excessivos aclives e declives, além do soterramento de grande área superficial do lago homônimo que lhe doou o nome e a exposição da área superficial restante a dejetos diversos, foi resultado da ocupação desordenada desde os primórdios de Lago da Pedra.

História

O início da história de Lago da Pedra dá-se pelo ano de 1929, com a chegada dos primeiros moradores: Rosendo Rodrigues, Candido Adão Sales de Oliveira, Joaquim Bastos, José Gago, João Melquíades e Luciano Rodrigues.
Esses lavradores estavam procurando animais para subsistência, o que os levou a encontrar a região, que possuia na sua paisagem geográfica um grande lago, em cujas margens havia um fragmento rochoso (pedra de amolar), fato que foi capaz de prender a atenção dos então moradores.
Em 1931 intensificou-se a chegada de outros habitantes, que construíram as primeiras casas. A principal atividade era a agricultura de subsistência, propiciada pelo clima e por possuir um ótimo solo.
O distrito que hoje corresponde ao município foi criado com a denominação de Jejuí, pela lei estadual nº 269, de 31 de dezembro de 1948, estando subordinado ao município de Vitória do Mearim (ex-Baixo do Mearim), situação reforçada pela divisão territorial datada de 1º de julho de 1950.
Elevado à categoria de município com a denominação de Lago da Pedra, pela lei estadual nº 776, de 2 de outubro de 1952, acaba por ser desmembrado de Vitória do Mearim e Bacabal, constituindo-se como sede do ex-distrito de Lago de Pedra (ex-Jejuí) em 1º de janeiro de 1953. Em divisão territorial datada ainda de 1º de julho de 1960, o município é constituído do distrito sede, enquanto Jejuí se transfigura com um distante povoado do recém-criado município, assim permanecendo em divisão territorial datada até os dias atuais.
Após a emancipação, foi nomeado para administrador provisoriamente Antonio da Silva Coelho, que governou por dois anos,sendo depois substituído por Antônio Bandeira Lima, que governou por um ano.

Geografia

Município localizado na microrregião de Pindaré, pertencente à mesorregião do Oeste Maranhense. Está numa região mundialmente conhecida pela exploração de palmáceas, sobretudo do gênero babaçu, visto se enquadrar no perímetro da Mata dos Cocais. Embora não conte com uma estrutura aprimorada, o extrativismo do babaçu é uma atividade complementar para as família de baixa renda da região. Há de se destacar também que sua vegetação nativa vem sendo gradativamente substituída pelas pastagens e pela agricultura tradicional, mesmo que a reprodução dessas palmáceas seja rápida.
O relevo é formado exclusivamente pelos planaltos. Em menor escala, no entanto, há chapadas, distribuídas nas zonas rurais do município. Todos pertencentes à Bacia do Parnaíba. Por estar num perímetro circundado por montes, que prejudicam a livre circulação dos ventos, e numa área de abrangência do clima tropical, seu verão é quente e chuvoso, e seu inverno, seco, visto as influências da massa de ar equatorial continental (mEc) e da própria continentalidade, que também influencia na grande amplitude térmica registrada no município, que é, em média, de 12°C.
A aptidão agrícola local - tal qual a regional - é determinada pelo solo propício à lavoura, com qualidade mediana de solo. A aplicação de capital é pouca e as práticas agrícolas são fundamentadas em trabalho braçal, tração animal e implementos agrícolas simples, salvo algumas exceções, quando as práticas agrícolas podem empregar a calagem, adubação NPK e até o preparo mecanizado do solo. Contrastando com a dádiva geográfica, algumas porções de terra na zona limítrofe com os municíos de Paulo Ramos, Lagoa Grande do Maranhão, Marajá do Sena e Poção de Pedras - isto é, a oste e sul de Lago da Pedra - têm aptidão restrita para silvicultura e pastagem natural.
Os principais bairros são Centro, Rodoviário, Vila Sales (Planalto), Vila Rocha, Cajueiro, Vila da Paz, Macaúba, Centro, Marajá, Jaguar, Vila Mangueira e Currutela do Raimundão. No mesmo limbo, os principais subúrbios são Santa Tereza, Santa Catarina, Abelha e Santo Antônio. Os principais povoados são Barro Branco, Encruzilhada, Lagoa do Coco, Lagoa Seca, Escondido, Baixão dos Caboclos, Poço Dantas, Floresta, Sindô I, Centro Novo, Sabesa, Palmeiral e Três Lagos (este último, a 65 km da sede municipal).
Sua geografia articula-se em torno do lago que originou o nome oficial do lugar. Grande parte do lago, porém, está soterrada por estabelecimentos comerciais e residências distribuídos ao longo do Centro e do Jaguar. A área restante está exposta e altamente poluída pela presença de lixo, composto principalmente por garrafas do tipo PET, sacolas plásticas e esgoto, o que resulta em um cheiro fétido às vezes perceptível no perímetro da região.
O município conta com uma vasta área arborizada em zona urbana. Sua conexão com seus povoados faz com que as estradas vicinais existentes entre a sede e os povoados tenha movimento intenso, tendo seu pico aos sábados, quando ocorrem feiras livres, no Centro, Jaguar e Currutela do Raimundão, e que atendem ao público de menor renda. Estas mesmas estradas, no entanto, nem sempre contam com uma boa infra-estrutura.
A presença de fazendeiros e grandes agropecuaristas reservam à cidade um montante de propriedades com enormes faixas de terra que contrastam com lotes minúsculos. Não é à-toa a presença efetiva de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, sobretudo no povoado da Abelha - que, embora pertença a Lago do Junco, está sob zona de influência de Lago da Pedra.

População

Embora o município tenha adquirido, em seus primórdios, uma consistência administrativa graças a sua crescente população, atualmente não mais se nota o feito. Isto é, a população vem decrescendo continuamente, conforme ilustra o gráfico a seguir.
Evolução demográfica da cidade de Lago da Pedra.5

A perceptível redução no número de habitantes notada entre 1996 e 2000 se explica majoritariamente pela evasão da população em função de novas oportunidades de vida originadas ou nos municípios próximos ou em grandes centros urbanos, tendo constituído um fluxo migratório intenso a São Luís, São Paulo e regiões mineradoras distribuídas por Mato Grosso, Pará e Planalto das Guianas, bem como o intercâmbio escolar presente nas redes de ensino pública e principalmente privada e mais notado no período de latência entre o Ensino Fundamental e Ensino Médio, tendo levado alunos especialmente à capital estadual e/ou à Teresina. Entretanto, a ascensão populacional notada entre 2000 e 2010, por mais que conviva com essa realidade, parece encerrar a tendência de evasão populacional, em face do desenvolvimento socioeconômico ocorrente em muitas cidades de médio e pequeno porte do interior brasileiro, entre as quais Lago da Pedra, o que sobremaneira anula as influências externas de cidades-polo próximas e capitais próximas, permitindo assim o estabelecimento da população local pelo retorno de emigrantes e chegada de imigrantes.
Pirâmide etária 2010
% Homens Idade Mulheres %
0,2
 
85+
 
0,2
0,4
 
80-84
 
0,4
0,6
 
75-79
 
0,6
0,9
 
70-74
 
0,9
1,2
 
65-69
 
1,2
1,3
 
60-64
 
1,5
1,5
 
55-59
 
1,8
1,8
 
50-54
 
1,9
2,2
 
45-49
 
2,3
2,5
 
40-44
 
2,7
2,9
 
35-39
 
2,9
3,5
 
30-34
 
3,6
4,1
 
25-29
 
4,2
4,7
 
20-24
 
4,7
5,6
 
15-19
 
5,4
6
 
10-14
 
5,7
5,4
 
5-9
 
5,3
4,9
 
0-4
 
4,6

Educação

Embora esteja localizada numa região conhecida pela precariedade do sistema educacional, Lago da Pedra acaba por contrapor esta ideia em decorrência de investimentos particulares e do governo. Escolas como o renomado Colégio São Francisco de Assis - instituição filantrópica cuja origem remonta de um investimento alemão, sob administração da Paróquia São José local - têm lá sua sede e com prestígio em âmbito regional. Outros colégios particulares de renome quanto à estrutura é o Instituto Educacional Deputado Waldir Filho e o Centro Educacional Criança Feliz.
Colégios públicos são um destaque, mas não tanto quanto aqueles. Exemplos são os Centro de Ensino São José, Centro de Ensino Marly Sarney, Cristóvão Colombo, Maura Jorge de Melo e ainda o Centro de Ensino Médio Maria das Neves Santos Nascimento.

Cultura

O município tem um incrível histórico com a música. Os gêneros musicais mais populares são o forró elétrico, tecnobrega e sertanejo. Quanto à música religiosa, as músicas cristãs são onipresentes, com destaque à música sacra e à música gospel. Quanto a isso, cita-se que o município é um reduto de intensas campanhas religiosas, tanto pela Igreja Católica quanto pela Assembleia de Deus. Há também uma parcela populacional ligada ao judaísmo.
Cabe citar a grande ligação existente entre o município e a Alemanha. Desde os seus primórdios, a cidade recebe investimentos alemães, destinados para a construção de escola e para manutenção de ONGs locais, muitos manejados pela Arquidiocese Municipal. Casais como Teodoro e Margareth Lameck foram pioneiros. A consolidação deste intercâmbio cultural é vista com a grande concentração de missionários e padres de origem alemã, bem como viagens sazionais de lagopedrenses àquele país.
Conta com diversos clubes de dança, bares e parques de concertos, todos muito limitados, movimentados pelas batidas elétricas do forró elétrico, quase sempre. Outros destinos de lazer são banhos fluviais, localizados na Sabesa e no Palmeiral, além da AABB, que possui uma unidade instalada no município.
O Carnaval da cidade é especificamente composto por blocos de foliões. Foliões os quais animam a cidade durante todo o feriado oficial em volta desta data. Comparado com outras cidades, no entanto, há inferioridades organizacional e harmônica, caracterizando uma incrível baderna de atos grotescos, em casos excepcionais. Os blocos mais tradicionais são Tô na Pedra, Papa-Léguas, Guelões, Vaca H e Tico Mania.

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. a b Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  3. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  4. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
  5. Evolução populacional. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
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